A cirurgia plástica estética tornou-se mais acessível nos últimos anos, mas isso não deve ser sinônimo de banalização desta especialidade médica que atua de maneira simultânea e tão significativa em problemas físicos e emocionais das pessoas. Existem alguns aspectos que devem ser levados em conta na hora de pensar em submeter-se a uma cirurgia plástica.    

 

Ao sentir-se descontente com seu corpo ou com seu rosto, é importante procurar mensurar, de alguma maneira, o quanto este desconforto interfere na sua vida. O desejo de querer mudar sua aparência deve sobrepor-se a eventuais desconfortos inerentes a qualquer ato cirúrgico. É fundamental que o paciente esteja ciente da necessidade de preparativos e cuidados que demandarão um planejamento seu, visto ser indispensável um período de recuperação pós-operatório.   Deve-se evitar a idealização de resultados como, por exemplo, “gostaria de ter a boca daquela atriz de cinema” ou “os seios como os daquela modelo”. O cirurgião, tendo como base o corpo de seu paciente tal como ele é, poderá, a partir de um diagnóstico, sugerir um tratamento que lhe aprimore a silhueta, mas dentro dos limites da realidade, tendo sempre o próprio paciente como parâmetro de comparação e não uma outra pessoa.

 

Também é necessário destacar que todas as informações sobre tais procedimentos devem ser obtidas diretamente com um profissional especialista, no seu consultório. Com uma especialização de, no mínimo 5 anos, em cirurgia geral e cirurgia plástica (exigência da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica), só o Cirurgião Plástico está apto a realizar cirurgias nas orelhas, pálpebras, nariz, rugas, seios, barriga, incluindo a lipoaspiração. A internet pode até fornecer muitas informações, mas as fontes são muitas vezes questionáveis. Buscando-se um especialista, ele fará o que todo médico deve fazer – um diagnóstico para o qual apontará um tratamento específico.    

 

Busque sempre certificar-se dos locais onde são feitas as cirurgias. Clínicas ou centros ambulatoriais prestam-se bem para procedimentos de pequeno porte, mas cirurgias maiores devem ser feitas em hospitais.

 

A consulta diretamente com o Cirurgião Plástico reforça o que há de mais importante na prática médica: a relação médico-paciente. Este vínculo, quando bem formado, elucida o paciente sobre o real significado da cirurgia plástica e reduz as chances de frustração no pós-operatório.